Brincar é…
Brincar é…
Brincadeira é a ação de brincar, de
entreter e de distrair.
Pode ser uma brincadeira recreativa como brincar de "jogar às escondidas", por exemplo, em Portugal, no nosso País. É uma forma de jogo livremente estruturada, e que geralmente inclui encenação, substituição de objetos e comportamento não-literal. O que separa a brincadeira de outras atividades diárias do brincar, é o seu aspeto divertido e criativo, em vez de ser uma ação realizada em prol da sobrevivência ou da necessidade. As crianças envolvem-se em brincadeiras por uma série de razões, que fornecem à criança, um ambiente seguro para expressar medos e desejos.
“O brincar é uma necessidade básica e
um direito de todos nós, seres humanos. O brincar é uma experiência humana, muito rica
e complexa.”
O "brincar em família" pode ser a via mais privilegiada para estabelecer com a criança, a interação que favoreça um vínculo (por parte dos pais), e que contribua para o seu desenvolvimento sustentávelmente afetivo.
A importância de brincar na Educação Pré-escolar é essencial e necessária, pois ajuda na construção da identidade, na formação de indivíduos, na capacidade de se comunicar com o outro, reproduzindo o seu quotidiano (ambiente) e caracterizando os processos de aprendizagem essenciais. O ato de brincar possui uma dimensão simbólica que contribui para impulsionar o desenvolvimento infantil (estratégico e educacional), pois, nas brincadeiras, a criança tenta compreender o seu mundo ao reproduzir situações da vida. Quando imita, a criança está a tentar compreender o mundo que a rodeia.
As Brincadeiras recreativas
As brincadeiras recreativas distinguem-se por terem regras muito simples e flexíveis, não necessitando de quadros, tabuleiros, instruções, treino, peças ou dispositivos especiais, para delas se participar. Na maioria das vezes, devido à sua simplicidade, as brincadeiras recreativas são feitas por crianças. Somente algumas, como a “mímica”, são ocasionalmente, feitas, não só por crianças, mas também por adolescentes e adultos. A brincadeira, por ser livre de regras e objetivos pré-estabelecidos, é solta e despreocupada, o que proporciona uma certa liberdade de expressão. As crianças brincam para gastar toda a energia e se divertirem. Na maioria das vezes, utilizam também um brinquedo nos seus jogos. Este brinquedo é visto pelos adultos como um objeto auxiliar da brincadeira, mas para a crianças isso vai mais além. Ela vê o brinquedo como uma fonte de conhecimentos e um "simulador da realidade". Por exemplo, podemos citar, a menina que brinca com a boneca “que é a sua filha ou uma amiga”. Em Portugal, o fato de haver regras nalgumas brincadeiras, faz com que uma brincadeira recreativa seja chamada de "jogo".
Em Portugal:
- brincar com as bonecas;
- brincar às casinhas;
- jogar às escondidas;
- jogar à apanhada;
- jogar à bola;
são brincadeiras e jogos muito comuns entre as nossas crianças.
As Brincadeiras no convívio social
O termo "brincadeira" é utilizado quando se fala das relações sociais para se designar alguma ação, e cujo
objetivo claro é divertir. Neste caso, incluem-se os "gracejos, as piadas, os
trocadilhos e outras ações do gênero".
As brincadeiras de crianças (também) podem ser educativas. As brincadeiras com regras pré-estabelecidas e com objetivos comuns, estimulam a responsabilidade e a disciplina, entre outros valores sociais, sem que, no entanto, as crianças se sintam obrigadas totalmente a cumprir necessariamente essas regras fixas e os seus objetivos. A noção aprendida de responsabilidade irá favorecer o seu convívio na sociedade. Além do conhecimento adquirido de maneira espontânea, as brincadeiras trazem vantagens em todas as etapas da vida das crianças. O desenvolvimento da criatividade e da coordenação motora e o estímulo da imaginação e das habilidades, podem ser trabalhadas nas brincadeiras, independente da faixa etária das crianças.
Chama-se de "brincadeira de mau gosto" àquela em que “quem a faz, procura fazer graça às custas de outro”, que pode estar presente ou não. Pode ainda, se referir, a uma ou várias citações jocosas de situações que deveriam ser levadas a sério, e são geralmente merecedoras de reflexão e/ou pena, e que por vezes degeneram em "Bulling" e devem ser totalmente denunciadas e eliminadas dos meios de sociabilização social e educativa das crianças.
Nos primeiros anos de vida da criança “o brincar” é individual passando depois a converter-se num grande elemento socializador. Estas oportunidades geram-se a partir das necessidades que a criança tem de brincar e comunicar. O educador(a) devera oferecer-lhe tempo e espaço, bem como recursos e oportunidades de interatuar, de se superar, de assumir responsabilidades e acima de tudo de respeitar os outros. Deverá dar-se sempre mais importância ao “processo” do que ao resultado, para assim se evitar que só se destaquem os mais hábeis, e se gere no grupo um problema de autoestima nas outras crianças, que mais dificuldades apresentam na solução. Por isso a melhor intervenção será propor a atividade e não impor, porque até para brincar é preciso haver tempo, ser livre e imaginativo para dar asas à criatividade, ser cooperativo, aprender a comunicar. Na realidade atual, as crianças de hoje precisam de crescer e ser felizes umas com as outras interagindo mutuamente.
O
Bloguinho da Educação
Educadora
Joaquina Damião
2020