Educ. Joaquina Damião - A Paz explicada a Crianças 2022

 A Paz explicada as crianças


"O coelhinho branco que queria viver em paz"

Este texto escrito e editado por mim pretende informar e dinamizar os docentes, educadores, pais e demais responsáveis pela educação dos nossos filhos. Esta simples atividade é um exercício que os professores podem desenvolver com crianças do ensino pré-escolar e do 1º CEB para as ajudar a entender os conceitos de violência, paz e resolução não violenta dos conflitos.

Usando o conto "O coelhinho branco que queria viver em paz" (de Johanne Jalifour e Sebastien Guy), estimulam-se as crianças a falar de sentimentos associados a comportamentos «desagradáveis» (agressivos ou violentos) por oposição aos comportamentos gentis ou simpáticos (não-violentos, pacíficos). Ensinam-se-lhes alguns «truques» básicos para lidar com sentimentos negativos associados aos conflitos e a resolver conflitos de uma forma não-violenta. Também se apresentam as diferenças entre comportamentos assertivos (afirmativo), agressivo e passivo.

Esta é uma das estratégias usadas pelo programa dos Embaixadores da Paz do Centro Juvenil Azymut Est-Ouest, em Saint-Nicolas, Quebeque (Canadá). Através deste programa, alunos do ensino secundário (14-17 anos) recebem formação em comportamento pacífico e educação para a paz e então, acompanhados por um supervisor, tornam-se embaixadores da paz, dinamizando várias atividades de educação para a paz nos estabelecimentos do ensino pré-escolar e 1º CEB das suas comunidades.

A prática docente é atualmente muito exigente, não basta ensinar ou transmitir conhecimentos, porque cada vez mais os alunos são capazes de aprender por si próprios. Portanto, os professores devem reinventar-se para serem algo mais do que meros transmissores de informação.


O coaching é uma das habilidades mais recomendadas para o crescimento pessoal
É uma maneira diferente de olhar para as pessoas, muito mais otimista do que aquela a que estamos habituados e que dá origem a diferentes formas de relacionamento. O coaching requer que suspendamos as crenças restritivas sobre as pessoas, começando por nós mesmos, abandonando velhos costumes e livrando-nos de maneiras inúteis de pensar e de viver e até de nos relacionarmos com os outros.

 O coaching educativo não se centra só na aprendizagem educativa, mas sim, no potencial de cada um dos alunos. Trata-se de apostar em despertar esse potencial e, uma vez detetado, fazer com que seja sustentável no tempo. No momento de ensinar, também deve existir espaço para trabalhar e potenciar a consciência, o que implica a reflexão, a observação e a interpretação do que nos rodeia. Na maioria das vezes nem paramos para refletir com os nossos alunos o que se passa no mundo, para onde caminha e qual o futuro que se avizinha, quando quase todos os dias, apenas nos vemos rodeados de imagens reais de violência e guerra. As crianças/alunos entendem muito mais do que possamos imaginar. No seu silencio, mudo, sabem bem que tudo se altera/alterou de repente “por causa da violência e guerra exercida” - esta é sempre a resposta que lhes dão.

O ser humano está a ficar “desumanizado” de tudo o que bastava para vivermos num mundo onde cada um podia pensar e ser naturalmente como é: a ambição do ser humano está descontrolada, fator que origina e influência tudo ou quase tudo o que estamos a viver, todos querem ser os primeiros e os mais abastados economicamente e materialmente na vida. A cultura do Coaching ensina-nos que devemos viver em união com todos os seres humanos, aceitarmo-nos tal como nascemos e viver de acordo com as nossas possibilidades. Mas, infelizmente a realidade é outra, por isso eu como docente já com alguma experiencia prefiro permanecer e ensinar segundo a Doutrina Coaching, que nos traz paz interior, nos permite aceitar o outro e com ele conviver independentemente da sua cor, raça ou credo e assim desenvolvermos em conjunto e interajuda as nossas capacidades de aceitação e realização pessoal e coletiva.

 

A informação sobre esta atividade em particular foi publicada pela UNESCO em: UNESCO – Best Practices of Non-Violent Conflict Resolution in and out of Scholl. Paris: UNESCO, 2002. 

Disponível na WWW: http://unesdoc.unesco.org/images/0012/001266/126679e.pdf

Assim e para terminar, aqui vos deixo uma canção de um dos ícones da Musica Portuguesa (António Variações), que infelizmente já não se encontra entre nós, mas que sempre me mereceu a minha admiração pela sua forma interventiva de estar na vida. A canção já não chegou a sair em disco, mas a gravação em estúdio foi agora passados quarenta anos, resgatada por esta voz feminina… Marisa Liz. 

By Educadora Joaquina Damião

2022/2023




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