O Bloguinho da Educação & Educadora Joaquina Damião - "Analisando… Atraso nas Aprendizagens ou não? (Covid-19 3º Parte) 2021

 

Analisando… Atraso nas Aprendizagens ou não?

Os educadores e professores como de mestres de algum saber mágico só a eles inerentemente se tratasse; estamos muito preocupados com os “estragos ou não”, “que” o ensino presencial ou a “falta dele”, possam de uma qualquer maneira fazer ao intelecto e á humanização das nossas crianças e jovens pelo facto de não poderem frequentarem as escolas presencialmente!... E todos os dias ouvimos comentários dos mais variados ilustres da matéria, sejam de que área forem, nos canais de toda e qualquer informação televisiva.

O que fazer/como cumprir escrupulosamente os tão obrigatórios documentos orientadores emanados por uma tutela que cada um de nós individualmente ou em equipa temos de organizar anualmente com vista à implementação de uma crescente qualidade educativa e uniformização da educação nas varias faixas etárias ou ciclos de ensino?!...

Como poderemos, já na 2ªdecada, em pleno Sec. XXl, dar sequência, estimular, incentivar os nossos alunos, ´se estes não podem estar com os seus educadores e professores todos os dias?!...

Como se poderão desenvolver psico-emocionalmente, se estão privados dos convívios com os colegas, num outro espaço físico tão diferente daqueles que habitualmente estavam habituados, onde os mais velhinhos até usam redes sociais para marcar encontros proibidos durante o período de confinamento?!

A meu ver, “as aprendizagens gerais esperadas em todas as valências/anos de escolaridade/ciclos de ensino é que terão de ser adaptadas às estratégias previstas de concretização pessoal e uniforme…

Com as restrições que uma pandemia impõe, seja ela de que tipo for, na sequência dos vários momentos de avaliação devemos basear essa aprendizagem nos recursos utilizados e refletir, mencionando sem nunca esquecer, as alterações e reformulações que tivemos de efetuar pelo percurso ou caminho.

Ainda que fazendo parte da união europeia, o nosso querido Portugal não tem, e demorará muitas décadas a atingir o mais básico pilar dos outros países lá fora, não querendo exemplificar, mas talvez duma Dinamarca, duma Alemanha, ou Noruega.

Ainda antes de terminar esta breve reflexão, gostaria de relembrar que não existem “modelos” para se fazerem grandes homens ou grandes mulheres do “amanhã”. Não há grandes percursos académicos, mas sim conhecimento adquirido que se vai realçando pelo percurso avançado ao longo da memória vivida na pedagogia e experiência. O que tem de existir é antes de mais, muito amor, dedicação e perseverança ou resiliência que cada um de nós tem de ter na sua forma de trabalhar e de ser. De estar para gerir as géneses institucionais e as tradições de cada localidade e folclore por forma a que não se perca a própria identidade, e que tal, leve a uma adequação tanto quanto possível das orientações e legislação existente em cada contexto educativo especifico, nem que para tal sejam estimulados á aprendizagem e á leitura no próprio seio familiar e não incutindo nas famílias o seu desconhecimento, a sua não formação na área, deixando que cada vez mais os pais e as famílias se demitam do seu papel de progenitores, de cuidadores, de educadores e transmissores de saberes populares ou de responsabilidade parental educativa como temos vindo a assistir ao longo dos tempos.

 

Pedagogicamente errada…

Educadora Joaquina Damião

2021

Covid-19 (3º Parte)

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