Analisando… Atraso
nas Aprendizagens ou não?
Os
educadores e professores como de mestres de algum saber mágico só a eles
inerentemente se tratasse; estamos muito preocupados com os “estragos ou não”, “que”
o ensino presencial ou a “falta dele”, possam de uma qualquer maneira fazer ao
intelecto e á humanização das nossas crianças e jovens pelo facto de não
poderem frequentarem as escolas presencialmente!... E todos os dias ouvimos
comentários dos mais variados ilustres da matéria, sejam de que área forem, nos
canais de toda e qualquer informação televisiva.
O que
fazer/como cumprir escrupulosamente os tão obrigatórios documentos orientadores
emanados por uma tutela que cada um de nós individualmente ou em equipa temos
de organizar anualmente com vista à implementação de uma crescente qualidade
educativa e uniformização da educação nas varias faixas etárias ou ciclos de
ensino?!...
Como
poderemos, já na 2ªdecada, em pleno Sec. XXl, dar sequência, estimular, incentivar
os nossos alunos, ´se estes não podem estar com os seus educadores e professores
todos os dias?!...
Como se
poderão desenvolver psico-emocionalmente, se estão privados dos convívios com os
colegas, num outro espaço físico tão diferente daqueles que habitualmente
estavam habituados, onde os mais velhinhos até usam redes sociais para marcar
encontros proibidos durante o período de confinamento?!
A meu
ver, “as aprendizagens gerais esperadas em todas as valências/anos de
escolaridade/ciclos de ensino é que terão de ser adaptadas às estratégias
previstas de concretização pessoal e uniforme…
Com as
restrições que uma pandemia impõe, seja ela de que tipo for, na sequência dos
vários momentos de avaliação devemos basear essa aprendizagem nos recursos
utilizados e refletir, mencionando sem nunca esquecer, as alterações e reformulações
que tivemos de efetuar pelo percurso ou caminho.
Ainda que
fazendo parte da união europeia, o nosso querido Portugal não tem, e demorará
muitas décadas a atingir o mais básico pilar dos outros países lá fora, não
querendo exemplificar, mas talvez duma Dinamarca, duma Alemanha, ou Noruega.
Ainda
antes de terminar esta breve reflexão, gostaria de relembrar que não existem
“modelos” para se fazerem grandes homens ou grandes mulheres do “amanhã”. Não
há grandes percursos académicos, mas sim conhecimento adquirido que se vai
realçando pelo percurso avançado ao longo da memória vivida na pedagogia e experiência.
O que tem de existir é antes de mais, muito amor, dedicação e perseverança ou resiliência
que cada um de nós tem de ter na sua forma de trabalhar e de ser. De estar para
gerir as géneses institucionais e as tradições de cada localidade e folclore
por forma a que não se perca a própria identidade, e que tal, leve a uma
adequação tanto quanto possível das orientações e legislação existente em cada
contexto educativo especifico, nem que para tal sejam estimulados á
aprendizagem e á leitura no próprio seio familiar e não incutindo nas famílias
o seu desconhecimento, a sua não formação na área, deixando que cada vez mais
os pais e as famílias se demitam do seu papel de progenitores, de cuidadores,
de educadores e transmissores de saberes populares ou de responsabilidade parental
educativa como temos vindo a assistir ao longo dos tempos.
Pedagogicamente
errada…
Educadora
Joaquina Damião
2021
Covid-19
(3º Parte)