Assinala-se hoje, a 27 de Janeiro
de 2021, o “Dia Internacional em Memória do Holocausto”.
É também tempo de recordar quem agiu
contra o genocídio.
Aristides de Sousa Mendes (1885/1954)
Assinala-se hoje, dia 27 de
Janeiro, o Dia Internacional em Memória das Vítimas do Holocausto, proclamado
através da Resolução 60/7 adotada na Assembleia Geral das Nações Unidas em 1 de
novembro de 2005, que marca igualmente a libertação do maior campo de
extermínio nazi, Auschwitz-Birkenau.
A Fundação Aristides de Sousa Mendes quer lembrar este dia, unindo-se a outras entidades que promovem, de forma permanente, iniciativas que têm por objetivo não deixar esquecer as vítimas do Holocausto, e, por outro lado, lutam pela defesa de valores universais de igualdade, de tolerância, de não discriminação.
Assim, António Moncada de Sousa Mendes, neto de Aristides e membro do Conselho Geral da Fundação, participou ontem numa conferência online intitulada “Perlasca e Sousa Mendes: a diplomacia dos Justos”, organizada pela embaixada de Itália em Lisboa, e Cláudia Ninhos, membro do Conselho de Administração, participará na próxima sexta-feira na tertúlia “Holocausto e as coleções em Portugal”, organizada pelo Museu da Farmácia, e que pode igualmente ser participada gratuitamente on-line.
Neste momento de recrudescimento
de movimentos e atentados à dignidade humana através de iniciativas de origem
neonazi, Aristides de Sousa Mendes e o seu ato de coragem são para nós uma
exigência bem presente.
Este ano, António Guterres, Secretário-Geral da ONU, apela internacionalmente, a todos os países e às consciências de cada um de nós colocando o desafio de uma tomada de atitude, e citamos: “Precisamos de uma ação global coordenada, à escala da ameaça que enfrentamos, para construir uma aliança contra o crescimento e propagação do neonazismo e da supremacia branca, e para combater a propaganda e a desinformação”
Aristides de Sousa Mendes
(1885/1954) é, sem dúvida, o nome mais conhecido dos quatro portugueses
"justos entre as nações".
Sendo embaixador em Bordéus, foram inúmeros os riscos que correu para salvar milhares de pessoas, indo contra as ordens expressas do regime de Salazar, ao conceder vistos/autorizações para que essas pessoas entrassem em Portugal e daqui, pudessem partir para uma nova vida.
Aristides de Sousa Mendes foi chamado a Portugal, destituído do cargo e impedido de voltar a trabalhar, o que o lançou na miséria com a sua numerosa família.
Sabe-se hoje que várias personalidades, como Salvador Dalí, deveram a sua vida a Aristides de Sousa Mendes.
Aristides de Sousa Mendes do
Amaral Abranches, natural de Cabanas de Viriato - Carregal do Sal, (19 de julho de 1885 - Lisboa,
3 de abril de 1954) foi um cônsul português.
Enquanto Cônsul de Portugal em Bordéus no ano da invasão de França pela Alemanha Nazi na Segunda Guerra Mundial, desafiou ordens expressas do presidente do conselho de ministros António de Oliveira Salazar, que acumulava a função de ministro dos Negócios Estrangeiros, e durante três dias e três noites concedeu vistos de entrada em Portugal a milhares de refugiados, incluindo muitos judeus, que fugiam da Alemanha, Áustria, da própria França e dos países já ocupados pelos exércitos alemães, mas também outros indivíduos de cidadania portuguesa, britânica, americana, etc. que tentavam regressar às suas pátrias.
Embora algumas fontes apontem o número de judeus salvos do holocausto por Sousa Mendes na ordem dos dez mil, num total de trinta mil refugiados a quem terá passado vistos, estudos levados a cabo pelo historiador Avraham Milgram, da Yad Vashem, sugerem que estes números terão origem num equívoco com o número total de judeus que terão passado por Portugal durante a segunda guerra mundial, cuja origem terá sido incorretamente atribuída à ação de Sousa Mendes pelo autor Harry Ezratty em 1964, e desde então repetido acriticamente e sem verificação por muitos jornalistas e autores. Embora o número total de vistos passados por Sousa Mendes seja desconhecido, devido a muitos deles terem sido passados sem que deles se fizesse registo, esse número terá sido, na realidade, bastante inferior aos números iniciais referidos por Ezratty. Segundo Avraham Milgram, que reconhece o heroísmo do feito de Sousa Mendes, este equívoco terá contribuído para que vários jornalistas e autores tenham vindo a exagerar a figura e os feitos de Sousa Mendes, comparando-o com outras personalidades como a de Raoul Wallenberg.
Autor: Fundação Aristide de Sousa Mendes
Biblioteca Escolar Amélia País (E.S. Francisco Rodrigues - Leiria)
O Bloguinho da Educação/Educadora Joaquina Damião
Fonte: Fundação Aristides de Sousa Mendes
Biblioteca Escolar Amélia País (E.S. Francisco Rodrigues - Leiria)
WikipédiA
Outras fontes menos identificáveis
O Bloguinho da Educação
Educadora Joaquina Damião
2021
